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quarta-feira, 8 de julho de 2009

Jesus alguma vez disse ser Deus? - Parte I

Os seguidores mais antigos de Jesus, todos eles, pareciam estar convencidos de que Jesus era realmente Deus em forma humana. Paulo disse: "Ele é a imagem do Deus invisível... Nele a Sua totalidade teve o prazer em residir". João disse que Jesus criou o mundo. Pedro disse: "todo aquele que acredita Nele tem os seus pecados perdoados através de Seu nome".
Mas o que Jesus disse sobre si mesmo? Alguma vez ele se apresentou como Deus? De acordo com a Bíblia, com certeza! Abaixo estão algumas de suas declarações feitas no tempo que estava na terra, e seus contextos.

Jesus É Deus? Como Ele Disse Que Era Deus:

Disseram-lhe os judeus: "Você ainda não tem cinqüenta anos e viu Abraão?" Respondeu Jesus: "Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!" Então eles apanharam pedras para apedrejá-lo, mas Jesus escondeu-se e saiu do templo. (João 8:57-59)

"Eu e o Pai somos um". Novamente os judeus pegaram pedras para apedrejá-lo, mas Jesus lhes disse: "Eu lhes mostrei muitas boas obras da parte do Pai. Por qual delas vocês querem me apedrejar?" Responderam os judeus: "Não vamos apedrejá-lo por nenhuma boa obra, mas pela blasfêmia, porque você é um simples homem e se apresenta como Deus". (João 10:30-33)

Então Jesus disse em alta voz: "Quem crê em mim, não crê apenas em mim, mas naquele que me enviou. Quem me vê, vê aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas". (João 12:44-46)

Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu lugar. Então lhes perguntou: "Vocês entendem o que lhes fiz? Vocês me chamam Mestre e Senhor, e com razão, pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros". (João 13:12-14)

Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim. Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm visto". Disse Filipe: "Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta". Jesus respondeu: "Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo?Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: 'Mostra-nos o Pai'?". (João 14:6-9)

Jesus alguma vez disse ser Deus? - Parte II

Jesus É Deus? Como Ele Se Descreve?

Jesus lhes disse: "Digo-lhes a verdade: Não foi Moisés quem lhes deu pão do céu, mas é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo". Disseram eles: "Senhor, dá-nos sempre desse pão!". Então Jesus declarou: "Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede". (João 6:32-35)

Falando novamente ao povo, Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida". Os fariseus lhe disseram: "Você está testemunhando a respeito de si próprio. O seu testemunho não é válido!". Respondeu Jesus: "Ainda que eu mesmo testemunhe em meu favor, o meu testemunho é válido, pois sei de onde vim e para onde vou. Mas vocês não sabem de onde vim nem para onde vou". (João 8:12-14)

Então Jesus afirmou de novo: "Digo-lhes a verdade: Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem. O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas". (João 10:7-11)

Disse Marta a Jesus: "Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, Deus te dará tudo o que pedires". Disse-lhe Jesus: "O seu irmão vai ressuscitar". Marta respondeu: "Eu sei que ele vai ressuscitar na ressurreição, no último dia". Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?" Ela lhe respondeu: "Sim, Senhor, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo". (João 11:21-27)

Jesus É Deus? Ele Disse Que Foi Enviado Aqui Para Fazer O Quê?

Jesus os chamou e disse: "Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo, como o Filho do homem que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". (Mateus 20:25-28)

Porque estava ensinando os seus discípulos. E lhes dizia: "O Filho do homem está para ser entregue nas mãos dos homens. Eles o matarão, e depois de três dias ele ressuscitará". Mas eles não entendiam o que ele queria dizer e tinham receio de perguntar-lhe". (Marcos 9:31-32)

"Pois Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus". (João 3:16-18)

"Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei. Pois desci do céu não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Porque a vontade de meu Pai é que todo aquele que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia". (João 6:37-40)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Jesus - A Videira verdadeira

Jô. 15: 1-5 "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que , estando em mim, não der fruto, Ele o corta , e todo o que dá fruto, Ele limpa para que produza mais frutos ainda.Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado: Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode produzir fruto de si mesmo se não permanecer na videira, assim nem vós o podeis dar frutos, se não permanecerdes em Mim.Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muitos frutos, porque sem mim nada podeis fazer."

Disse Jesus: "...Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos..." - Lc. 9:60.
Mas como os mortos podem enterrar seus mortos, se estão mortos também?
Quando Jesus disse esta frase não se tratava da morte física, mas sim espiritual.
Muitas vezes a pessoa pratica suas atividades: caminha, se alimenta, trabalha, mas espiritualmente está morta. Não tem alegria, paz de espírito, nada a satisfaz, não valoriza o que tem, é cheia de complexos, amarguras, sempre está deprimida, não encontrou a verdadeira vida em Cristo Jesus.
Pois Jesus é quem dá vida e vida em abundância. Ele é a videira verdadeira e nós somos os ramos.O centro é sempre Jesus, Ele nos alimenta, e é o nosso alicerce. Não podemos esquecer que nós não somos a videira e nunca seremos. Somos os ramos, e como ramos às vezes somos podados, mas não lançados fora; nos limpam, sempre visando nosso crescimento. Dependemos da videira.A videira é um organismo vivo, que supre vida a outros organismos vivos. Cristo proporciona vida a outros. Jesus é a fonte de sustento espiritual. Assim também está escrito:

"Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo." - João 6 : 51

O suco do fruto da videira, que é o vinho, simboliza o sangue de Jesus e é servido na santa ceia como memorial. O pão e o vinho representam o corpo e o sangue de Cristo.
1 Cor. 11: 23-25 "Porque eu recebi do SENHOR o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim."
Devemos sempre estar ligados na videira, senão morreremos. Recebemos da videira: alimento, vida, e segurança, mas se estivermos desarraigados dela, morreremos.
Se os ramos permanecerem na videira, automaticamente darão frutos. Os ramos por si só não dão frutos.
Se o ramo estiver fora da videira, aparentemente por algum tempo, ele ainda permanece com sua cor original, tendo brilho, parecendo ter vida, mas logo, logo, perde sua viscosidade, seca e morre.Assim somos nós, se largarmos Jesus e sairmos do caminho santo, por uns momentos parece que nada acontecerá, mas com o passar do tempo morreremos espiritualmente, não teremos alegria, nem esperança. Jesus é quem nos sustenta, temos que ter sempre em mente que somos dependentes Dele e jamais poderemos pensar que daremos frutos se não estivermos arraigados Nele.
João 15 : 5 "Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer."

João 15 : 4 "Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim."
Bibliografia:

Batalha Espiritual I

INTRODUÇÃO


"Porque nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais." (Efésios 6: 12)


I - DEFININDO “BATALHA ESPIRITUAL”

A Batalha Espiritual, como o nome afirma, é travada no mundo espiritual e é necessário que haja homens santos e cheios do Espírito Santo, agraciados com dons (visão, revelação, profecia, etc.) para que sejam canais, através dos quais o Senhor Deus orientará o Seu exercito de servos, revelando as estratégias certas para cada ocasião, bem como, os passos do inimigo. A Batalha não é segundo a carne (“Embora andando na carne, não militamos segundo a carne.” 1Cor. 10.3), não é contra homens, sim, contra satanás (“Pois nós não estamos lutando contra seres humanos, mas contra as forças espirituais do mal que vivem nas alturas, isto é, os governos, as autoridades e os poderes que dominam completamente este mundo de escuridão.” Ef. 6.12; veja mais: Gn. 3.15 “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”; 2Cor. 2.11” Porque não ignoramos os seus ardis”; Tg. 4.7 “ Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.”).
A Bíblia está repleta de relatos de batalhas, guerras, confrontos e todo tipo de coisas que denotam conflitos. Só para termos uma idéia de como este assunto é tratado em grande escala nas Escrituras, a palavra “batalha” assim como foi traduzida encontra-se em cinqüenta trechos das Escrituras. A palavra sinônima “guerra” encontra-se em duzentos e oito versículos. São referências que descrevem a luta entre nações, pessoas individuais, Deus e o homem, o homem cristão e a sua velha natureza, a Igreja e o mundo, a Igreja e o diabo. Em Ap. 12:4 “E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho.”, encontramos a referência à primeira batalha espiritual que foi travada: “arrasta a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra”. Esta é uma referência de João a Satanás que rebelou-se contra Deus e arrastou consigo a terça parte dos anjos. Desde então, nós vemos, através da Bíblia, Satanás fazendo guerra contra Deus e o Seu povo: “Então ele me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do Senhor, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor” - Zc. 3:1. Encontramos, também, citações da batalha que o crente deve fazer contra Satanás: “..não deis lugar ao diabo” - Ef. 4:7; “Revesti-vos de toda armadura de Deus para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” - Ef. 6:11. Em Tg 4:7, está escrito: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Esta palavra “resisti”, a qual Tiago refere-se a “colocar-se contra, opor-se, permanecer firme”. Esta palavra é aplicada da mesma forma no combate que o crente deve fazer ao diabo em, pelo menos, mais duas formas no Novo Testamento: Ef 6:13 ” Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.”e 1 Pe 5:8,9 “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.”. Isso denota, de forma direta, uma luta espiritual que está se travando. De acordo com as Escrituras, o Diabo é o chefe da apostasia. Em Is 14:12 “Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!”, Satanás é identificado como sendo a Estrela da Manhã e Filho da Alva. Isso quer dizer que houve um tempo em que este ser angelical criado por Deus, rebelou-se contra o seu Criador (Ez 28:12-19 “Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor DEUS: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura.Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas.Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem.Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais subsistirá."), querendo ser igual a Ele e, conseqüentemente, foi expulso do céu juntamente com os seus seguidores (Mt 25 41 “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;”; Ef 2:2 “Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência.”; Ap.. 12:7 “E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos;”). É aí que começa toda a guerra, com o propósito de Satanás de ser igual a Deus e, por isso, opor-se a tudo o que Deus faz ou o que se chama pelo Seu nome (Mt. 13: 24-30 “Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo;Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se.E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio.E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio?E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo?Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele.Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro."; Lc. 22:3 “Entrou, porém, Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze.”).

Batalha Espiritual II

O MÉTODO BÍBLICO DE BATALHA ESPIRITUAL

Como se deve guerrear contra o inimigo? Qual são as armas disponíveis? As Escrituras nos dão o método de combate. Este método deve ser seguido se quisermos ter realmente vitória contra as forças demoníacas. A seguir veremos as armas de ataque que estão à nossa disposição.

AS ARMAS DE ATAQUE

1 A pregação do Evangelho

Eis uma arma eficaz contra o inimigo: a pregação da verdade. “Todo aquele que invocar o nome do senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de que nada ouviram? E como ouviram se não há que pregue? E como pregarão se não foram enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas! Mas nem todos obedecem ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem acreditou na nossa pregação? E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.” - Rm 10:13-17. Diante desta maravilhosa declaração do apóstolo Paulo, pode-se chegar à conclusão que a pregação do Evangelho é poderosa, por si só, para salvar o perdido. Em Jo 8:32, está escrito: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” É a verdade de Deus, Cristo, que liberta. Jesus comissionou os discípulos a pregar o Evangelho: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a todo a criatura.” - Mc 16:15 ; “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...” - Mt 28:19. O apóstolo Paulo, quando se converteu foi logo pregar o evangelho na sinagoga (At 9:20 “E logo nas sinagogas pregava a Cristo, que este é o Filho de Deus”); em suas viagens missionárias pregava o evangelho (Rm 15:18-20 “ Porque não ousarei dizer coisa alguma, que Cristo por mim não tenha feito, para fazer obedientes os gentios, por palavra e por obras; Pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus; de maneira que desde Jerusalém, e arredores, até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo.E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo foi nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio;”); exortou ao seu filho na fé, Timóteo, que pregasse a Palavra (2 Tm 4:2 “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.”), e, no final de sua carreira, quando estava preso, ainda pregava o evangelho (At 28:31 “Pregando o reino de Deus, e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum.”). Jesus Cristo e o apóstolo Paulo, enfatizaram a pregação do evangelho como arma para converter os incrédulos. O triunfo dos cristãos na batalha espiritual deve acontecer como o resultado da proclamação da verdade que confrontos de poderes. O poder por si só não pode libertar os cativos. A verdade liberta (Jo 8:32). O evangelho de Cristo é, em si mesmo, poderoso para a salvação daqueles que crêem. É claro que pode-se variar nos métodos de comunicação deste; no entanto, não se pode fiar nestes métodos para a salvação do perdido.
2 Intercessão
A palavra “intercessão” vem do latim “intercedere”, que significa: “ficar entre”. No caso da oração é aplicada ao ato da petição, súplica a Deus por algo ou alguém. Paulo, em sua carta a Timóteo, reconhece o valor da súplica em parceria da pregação do evangelho para a salvação: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” É necessário observar-se que a forma de oração que Paulo exorta para que se faça é: súplica, intercessão e ação de graça. Quando olha-se para a oração que Paulo exorta que se faça, pode-se denominá-la de “oração evangelística”. Esta é a oração constituída por súplicas, intercessões e ações de graça feita por todos homens, com o propósito de se viver tranqüilamente e salvar aqueles que estão perdidos. A intercessão é uma arma para lutar contra o diabo pelas vidas que estão perdidas. Em Ef 6:8, o apóstolo Paulo ainda fala sobre o valor da oração para: “para que me seja dada no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho.” Quando se observa os modelos de oração nas Escrituras, palavras do tipo: suplicar, rogar, segundo a tua vontade, são comuns e significativamente repetitivas. Elas têm grande significado para o cristão. Nelas, encontra-se intrínseca a confiança em Deus para todas as ocasiões da vida, inclusive para o dever de evangelização. O evangelismo deve ser recheado pela oração, assim como fez Jesus (Mc 1:35 “E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava”) e os apóstolos (At 4:31 “E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus.”); mas esta oração, para ser eficaz, deve ser feita a Deus, o Pai da luzes, e não ao diabo.
A recomendação de Paulo a Timóteo foi: “Este é o dever de que te encarrego, ó filho Timóteo, segundo as profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas, o bom combate, mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé.” - 1Tm 1.18,19. O soldado de Deus precisa manter-se firme na fé e procurar desempenhar com seriedade e zelo a missão confiada. A vigilância (“Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos”. 1Co 16.13) deve ser constante, não se contaminar com o mundo, abrindo brechas através das quais o inimigo possa tocá-lo. A oração é tão importante quanto o ar que se respira (“com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos”. Ef 6.18), se não houver vida de oração, a derrota está próxima.

Batalha Espiritual III

AS ARMAS DE DEFESA

Quando o cristão vale-se das armas de ataque, bíblicas, para saquear o território do inimigo, é lógico que este irá reagir; e quando isto acontecer...o que fazer?
Ao descrever a armas espirituais do crente, Paulo, em Efésios 6:13, diz o propósito: “...para que possais resistir no dia mau.” Este vocábulo, “resistir”, é um verbo: (Gr.) “anqisthmi”. Ele exprime a idéia de opor-se, defender-se, fazer face a, colocar-se contra, permanecer firme. A idéia que exprime este vocábulo é a de não retroceder diante dos ataques do inimigo, para não lhe conceder nenhuma vantagem ou vitória. Ele aparece, também, em passagens como Tg 4:7 "Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." e I Pe 5:9 "Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.". A pergunta é: como resistir, opor-se, fazer face ao diabo? Em Efésios 6: 14-17 "Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;", Paulo passa a dizer que o crente deve resistir ao diabo revestindo-se da armadura de Deus.

A ARMADURA DE DEUS

Quando Paulo cita a armadura, ele tinha em mente o soldado romano preparado para a guerra. Ele usa esta figura para exemplificar a luta do crente e como, este, pode vencer. A metáfora denota o revestimento do Senhor Jesus que o crente deve ter. Todas as partes da armadura são pertencentes ao caráter de Cristo e são adquiridas pelo crente através do Espírito Santo. Alguns vestem a armadura como algo místico de eficácia instantânea, ao proferir algumas orações. No entanto, não creio que seja isso que Paulo tinha em mente. É certo que o apóstolo, quando advertia os crentes a vestirem a armadura de Deus, estava pensando no revestir-se da natureza moral de Cristo; revestir-se do próprio Cristo. Portanto, essa é a arma que Deus nos oferece para resistir no dia mau. A seguir, veremos as armas de defesa que as Escrituras nos oferecem:

1 - A Verdade

O cinto, ou cinturão, era posto em torno da cintura, usado com a finalidade de apertar a armadura em volta do corpo e sustentar a adaga e a espada. Esta verdade poderia, muito bem, significar a verdade moral, o oposto da mentira, o que seria lógico, pois satanás é o pai da mentira. No entanto, é certo que o significado desta verdade, exposta por Paulo, vai muito além do significado de verdade ética. Considera-se que esta verdade é a verdade de Deus; ou seja, a verdade cristã, o conjunto das doutrinas cristãs, que é o que sustenta tudo o mais segundo o mesmo uso da palavra denota em Ef 4: 15 "Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo."

2 - A justiça

A couraça era uma peça da armadura romana que constituía-se em duas partes: a primeira, cobria a região do tórax, e a outra parte cobria a região das costas. Esta peça, tinha a finalidade de proteger as regiões vitais do corpo. Paulo, ao usar esta peça, como metáfora, para exemplificar a justiça, tinha em mente justificação. Em Rm 8 (ver), Paulo comenta que nada poderá condenar o crente, pois é Deus quem o justifica. Isso quer dizer que:
(1) Não podemos confiar em nossa própria justiça, ou santidade, para vencer o inimigo, mas confiar na justiça que vem de Deus, através do sacrifício de Jesus; por isso, é que nada, nem anjos nem potestades, poderá nos separar do amor de Deus.
(2) Quando somos justificados, o Espírito Santo opera em nós a obra da santificação; uma obra conjunta com o crente, no qual, este, assume, de forma gradual, o caráter de Cristo, em particular, o caráter justo, Paulo aplica este termo, desta forma, em Ef 4:24 "E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade." e Ef 5:9 "(Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade)".

3 - O Evangelho da paz

A sandália romana, usada como figura pelo apóstolo Paulo, era feita de couro e possuía vários cravos, formando uma camada espessa. Esta peça tinha a finalidade de proteger os pés do soldado, onde quer que ele fosse. Para esta peça, são usadas algumas interpretações, como a que diz que Paulo está referindo-se ao evangelismo. No entanto, é preferível a interpretação de que Paulo refere-se à paz com Deus, consigo mesmo e com o próximo, que o Evangelho proporciona. Esta paz é a tranqüilidade mental e emocional, oriunda da consciência da plena aceitação da parte de Deus, que o crente tem por onde vai, e em toda e qualquer situação.

4 - A fé

O escudo, usado como ilustração pelo apóstolo, era grande o bastante para proteger o corpo inteiro do soldado. Ele era formado de duas partes de madeira, recobertas de lona e, depois, de couro. Aqui, o apóstolo Paulo, refere-se a fé salvífica, de acordo com o contexto de Ef 1:15 "Por isso, ouvindo eu também a fé que entre vós há no Senhor Jesus, e o vosso amor para com todos os santos,", Ef 2:8 "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus."; Ef 3:12 "No qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele.", que produz entrega total da alma do crente a Cristo. É a crença que Cristo, como Senhor, domina, controla e dirige todos os aspectos da vida do crente. Esta fé tem a eficácia de anular os dardos inflamados o maligno.

5 - Salvação

O capacete, usado por Paulo para exemplificar a salvação, era formado de couro grosso ou metal. Era usado para proteger o soldado de golpes de espada, proferidos em sua cabeça. A salvação do crente, recebida pela graça divina, mediante a fé, é o que o livra dos ataques aterradores do diabo. Ela é uma proteção divina para o guerreiro que é crente. Quando a pessoa é salva da morte e do pecado através de Cristo, ela está escondida em Cristo e o diabo não a toca. É interessante notar-se, que todas as demais peças da armadura eram vestidas pelo guerreiro, mas o escudo era recebido, o seu escudeiro colocava nele. Isso denota a graciosidade da salvação. A salvação é pela graça, por isso, de graça.

6 - A Palavra de Deus

Pode-se pensar que a espada é uma arma de ataque, e realmente o é; no entanto, ela, também, pode ser usada como defesa, e o contexto do texto de Efésios, nos da o subsídio necessário para pensar que aqui, ela é usada para defesa. O que Paulo queria dizer usando a espada como ilustração? Certamente ele estava falando da atuação do Espírito na vida do crente, de tal forma, que torna a Palavra de Deus uma força viva na vida diária, a torna eficaz em nós e torna vigoroso o uso que fazemos dela. Assim como a espada é morta quando não manuseada, assim é a Palavra sem o atuar do Espírito na vida de quem a lê. A Palavra de Deus respaldada pelo Espírito Santo, da vida é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes e é apta para discernir as intenções do coração (Hb 4:12 "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração."). Alguns interpretam este texto como se dissesse para usar a declaração de versículos contra o diabo. No entanto, o diabo não corre da mera declaração de versículos, mas, sim, da eficácia que a operação das Escrituras, através do Espírito Santo, obtém na vida do crente.
CONCLUSÃO

O argumento comum para se explicar a ênfase que dão ao diabo é que o primeiro princípio de guerra, é se conhecer muito bem o inimigo. Concordo, em partes. A qualquer guerra, este princípio é fundamental; entretanto, a batalha espiritual que travamos já foi ganha na cruz do calvário. É claro que não devemos ignorar os ardis do inimigo, mas devemos nos aplicar a conhecer ao Senhor, e não ao diabo, pois, quanto mais conhecemos àquele que servimos, percebemos que o diabo não passa de criatura, diante do Criador. O povo de Deus tem perecido, não por falta de conhecimento de quem é o inimigo, mas por falta de conhecimento de quem é o Criador. Por isso, como nunca, precisamos de uma volta às doutrinas básicas da fé cristão e; para isso, precisamos orar para que Deus levante verdadeiros mestres que tenham compromisso com a verdade das Escrituras e não com o resultado das igrejas cheias.

Bibliografia:
www.batalhaespiritual.com.br

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O Fruto do Espírito Santo e o Caráter Cristão III

III – A SINGULARIDADE DO CARATER CRISTÃO

1) A pessoa é identificada pelo seu fruto – O Caráter é o traço distintivo de uma pessoa; é a sua marca. Por mais que seja melhorada pelos processos educacionais e éticos, ele será a marca distintiva da natureza do homem.
Do ponto de vista humano, Nicodemos era um homem de bom caráter, um homem de bem. Contudo, do ponto de vista de Jesus, como homem natural, ele não estava habilitado a produzir bons frutos. Ele continuava sendo um “espinheiro”. Para produzir “uvas”, precisava de uma mudança em sua natureza. Esta mudança só é possível através do Novo Nascimento. Depois disto, então, o homem poderá produzir “frutos bons”.
É preciso mudar a natureza do fruto, e, não apenas a sua qualidade – “... toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons” (Mt 7:17-18). O Senhor Jesus afirmou que “O que é nascido da carne é carne...” (Jo 3:6). Nesta condição só poderá produzir “... as obras da carne...” (Gl 5:19). Nele terá que ser formado “... o Fruto do Espírito...” (Gl 5:22). Assim, segundo Jesus, é pela qualidade dos frutos produzidos que se conhece a árvore: “Por seus frutos os conhecereis...” (Mt 7:6).
Pelos frutos é possível saber se o homem mudou de vida, se é, agora, um novo homem, ou se apenas mudou de religião, e continua sendo o velho homem, envolto com as obras da carne. “Porque cada árvore se conhece pelo seu fruto...”, segundo afirmou Jesus.

2) Os sinais contestados - O crente tem um comportamento, uma conduta diferente dos demais homens, porque tem uma natureza diferente, é de uma espécie diferente. Enquanto o crente é filho de Deus, o ímpio é filho do diabo (Jo.8:44 "Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira."); enquanto o crente é luz, o ímpio é trevas; enquanto o crente tem vida, o ímpio está morto. Não temos, em absoluto, que tomar a forma do mundo. A Bíblia diz que não devemos nos conformar com o mundo (Rm.12:2 "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."), mas buscar transformá-lo.
Não devemos nos impressionar com a aparência, mas, sim, com a reta justiça (Jo.7:24 "Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça"). Devemos analisar as pessoas pelos frutos que produzem, ou seja, devemos verificar quais são as suas atitudes, qual é o seu caráter, não simplesmente o que está aparecendo em torno delas. Não nos preocupemos com os sinais, prodígios e maravilhas que alguém venha a fazer, mas, sim, com a presença do caráter cristão na sua vida. Não nos preocupemos com a vestimenta que alguém está usando, mas com a presença do caráter cristão na sua vida. É pelos frutos que reconheceremos quem é crente e quem não o é, pois Jesus disse que aquele que não produzisse fruto seria lançado fora da videira verdadeira. O caráter cristão permite-nos vislumbrar quem tem, ou não, comunhão com o Senhor e isto é que é importante, pois a comunhão com Deus representa a libertação do pecado e a conseqüente aceitação por Deus.

IV – OS PROPÓSITOS DA FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL

1) Expressar o caráter de Cristo - A partir do novo nascimento, o homem passa a ter um novo ambiente, que é o ambiente da comunhão com o Senhor, pois o próprio Senhor vem habitar no crente (Rm.8:9 "Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele." e Jo.14:23 "Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.") e isto fará com que seja modificado o seu caráter. Ao adquirimos um novo caráter, o caráter cristão, que é o que Paulo denomina de “o fruto do Espírito”, que é idêntico a todos os crentes, pois resultado da atuação do mesmo Espírito que habita em cada um deles, não devemos nos esquecer de que cada crente tem seu temperamento, que o faz diferente um do outro, mas que, necessariamente, tem de estar sob o controle do Espírito Santo. Assim, cada crente é diferente um do outro, pois tem um temperamento distinto de cada irmão em Cristo.
O segredo, portanto, de apresentarmos um caráter cristão e de controlarmos o nosso temperamento para que este caráter se forme e, portanto, que produzamos o fruto do Espírito, é o de nascermos de novo, de realmente crermos em Jesus e deixarmos que o Espírito Santo domine a nossa vida, que submetamos o nosso espírito ao Espírito Santo e, desta forma, apesar de nosso temperamento, produziremos o fruto do Espírito. Por isso, não podemos concordar com pessoas que querem servir a Deus “do jeito que são”, que “Deus respeita o meu modo de ser”, pois não é isto que dizem as Escrituras. Ele te aceita como está, mas quer ver e trabalha pela sua mudança. Embora reconheçamos a individualidade de cada um e de que ninguém é igual a ninguém, não podemos concordar com a teoria de que “ninguém é de ninguém”. Somos de Cristo e a Ele pertencemos se é que realmente cremos n’Ele como nosso Salvador. Somos sua propriedade, porque fomos comprados por Ele por bom preço (I Co.6:20 "Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.").

2) Evidenciar o discipulado – O Senhor Jesus Cristo afirmou: “Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” (Jo 15:8). Dar “muito fruto” é uma condição imposta por Jesus para aquele que quiser ser seu discípulo. Deus não pede o que não temos para dar e que Deus não exige o que não podemos fazer. Assim, se o Senhor Jesus exigiu como condição o dar muito fruto para poder ser seu discípulo é porque ele sabia que o homem podia cumprir esta condição. É claro que o homem natural não pode ser seu discípulo, porque não pode, por sis só, cumprir suas condições. Para ser discípulo de Jesus, o homem natural precisa, primeiro, aceita-lo como seu Salvador, precisa nascer de novo, precisa tornar-se um homem espiritual. Todavia, mesmo o homem nascido de novo, não poderia, por si só, fazer a vontade de Deus e cumprir a sua Palavra. Sabendo disto, Deus Pai, por intermédio de Jesus, enviou para estar com o homem o Espírito Santo, sobre o qual o Senhor Jesus declarou: “ Mas, quando vier aquele Espírito de Verdade , ele vos guiará em toda a verdade...” (Jo 16:13). Paulo complementou dizendo: “ E da mesma maneira também o Espírito Santo ajuda as nossas fraquezas...”(Ro 8:26).
Podemos afirmar, com absoluta convicção, que, se não nos deixarmos guiar e se não formos ajudados pelo Espírito Santo, não daremos fruto, nem muito, nem pouco! Quem não dá fruto não pode dizer que é discípulo de Jesus.

3) Abençoar outras pessoas - Na medida em que praticamos boas obras, na medida em que passamos a demonstrar o caráter cristão, estaremos, também, trazendo o bem às pessoas que nos cercam. O crente é sal da terra e luz do mundo e, portanto, iluminará os ambientes que freqüenta, como também conservará a pureza ou curará os males do lugar onde está. A Bíblia diz que o crente é a nascente de um rio de água viva (Jo.7:38 "Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre") e, como nos ensina a geografia, o rio é um elemento primordial para que se constitua um núcleo humano de habitação, para que se construa uma sociedade, uma comunidade. O crente, portanto, é um elemento que traz a vida para as pessoas, que permite com que as pessoas possam ser despertadas para a realidade da necessidade da comunhão com Deus e com o próximo, mas isto tudo somente pode ocorrer se houver a produção do fruto do Espírito, sem o que este rio não nascerá, sem o que este rio não será água corrente, mas apenas uma cisterna rota, de água parada, mal cheirosa e produtora de doenças (Jr.2:13 "Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.").

4) Glorificar a Deus (Jo 15:8 "Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.") - Por fim, como diz o próprio Jesus, vemos que a presença de crentes frutíferos leva os ímpios a glorificarem a Deus (Mt.5:16 "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus."). A Igreja, aqui, em perfeita consonância com o Espírito Santo, faz com que os homens glorifiquem ao Pai que está nos céus. O trabalho do Espírito Santo é o de glorificar a Jesus (Jo.16:14 "Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar."), assim como o trabalho de Cristo na Terra foi o de glorificar o Pai (Jo.17:4 "Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer."). Nós, como corpo de Cristo, temos de prosseguir neste trabalho de glorificação do Pai e isto só será possível através das nossas boas obras.

Bibliografia:
Comentário Bíblico do Prof. Dr. Caramuru Afonso Francisco, Roberto José da Silva e Prof Antonio Sebastião da Silva;O Fruto do Espírito – Antonio Gilberto.
http://br.geocities.com/ldeplourenco/SubTeo01Trim01_2005.htm